Encontro discute impacto das tecnologias disruptivas no setor farmacêutico

31.07.2018

Nesta segunda-feira (27), o Sindusfarma realizou o workshop “Impactos e benefícios das tecnologias disruptivas e as expectativas para a Indústria Farmacêutica”, com a participação de especialistas.

O encontro apresentou estudos de caso reais no Brasil de empresas que estão adotando conceitos e ferramentas da indústria 4.0: Internet das Coisas (IoT), Manufatura Avançada, Inteligência Artificial, Impressão 3D, Robótica e Cloud Computing.

Ronald Dauscha durante sua apresentação sobre “Automação e robotização”

O diretor no Brasil do instituto alemão de pesquisa aplicada Fraunhofer, Ronald Dauscha, deu uma visão ampla da transformação digital. “Hoje estamos acompanhando que o 4.0 não é só indústria; é saúde, é farmácia, é agro; tudo é 4.0”, afirmou. “É a digitalização de todos os processos e serviços que existem no Brasil e no mundo e cada vez mais focada no atendimento ao cliente”.

Blockchain

Robson Rocha, da Tivit, falou sobre as possibilidades de uso da tecnologia Blockchain para a melhoria da eficiência operacional das empresas e da experiência do usuário. “Blockchain é uma rede descentralizada que serve para validar e registrar transações e a grande vantagem é que ela elimina a necessidade de um intermediário”, explicou. “A tecnologia do Blockchain tem um poder criptográfico tão grande que impede que seja hackeada”.

Luca Gabrielli abordou o tema “Machine Learning no setor farmacêutico”

Na indústria farmacêutica, Rocha citou algumas áreas que considera promissoras para a tecnologia Blockchain: rastreabilidade, gerenciamento de inventário, gestão de bulas e medicamentos e auditorias automatizadas. E na ponta da dispensação, o recebimento de informações diretas e seguras de pacientes sobre o consumo de produtos.

Sylvio de Vincenzo, da PTC, definiu a indústria 4.0 como um processo que “dá inteligência para algo que já existe”, com o objetivo de melhorar resultados. “A indústria 4.0 já está aí, mas talvez não esteja sendo aplicada; as empresas já estão prontas para essa iniciativa”. E forneceu uma estratégia de implementação: “Pense grande, comece pequeno e cresça rápido”.

Emprego

O futuro do emprego foi o tema abordado pelo sócio-fundador da People&Strategy, João Roncati. “A indústria 4.0 é uma revolução em termos de metodologia e formas de trabalho e teremos que gerenciar alterações que serão feitas tanto na forma de trabalho quanto na forma com que nós nos relacionamos entre pessoas e pessoas e organizações nos próximos anos”, disse o consultor. “É uma enorme preocupação se esse impacto será positivo ou negativo; acho que ser pessimista ou otimista não é a melhor solução; devemos refletir e pensar qual é o tamanho desse impacto e como iremos gerenciá-lo”.

O workshop foi coordenado pelo diretor de Assuntos Técnicos e Inovação do Sindusfarma, Jair Calixto, e pelo diretor da SPI, Élcio Brito.

Os palestrantes do evento foram:

  • David Morrell, da PricewaterhouseCoopers
  • João Roncati, da People & Strategy
  • Carlos Rover, da EMS
  • Alfredo Ferraz, do Grupo de Gestão em Automação e Gestão de Tecnologia da Informação da USP (Gaesi/USP)
  • Hércules Neves, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Gabriela Ribeiro, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP)
  • Marcio Mizael, da Rockwell Automation
  • Luca Gabrielli, do Grupo de Gestão em Automação e Gestão de Tecnologia da Informação da USP (Gaesi/USP) e diretor da Yasnitech
  • Robson Rocha, da Tivit
  • Sylvio de Vincenzo, da PTC
  • Ronald Dauscha, do Instituto Fraunhofer
  • Éric Santos, da Infaimon

Gabriela Ribeiro durante palestra sobre “Biologia sintética e a medicina humana”

Fonte: Sindusfarma
Saiba mais: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_noticias/noticia/2150
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